05 novembro 2006

Ciência e Saúde com poesia

Quem lê as colunas de Drauzio Varella na Folha de São Paulo já sabe o que esperar desta coletânea de ensaios que acaba de sair pela Companhia das Letras. Quem não lê, terá o prazer adicional da surpresa.

A maravilha desses textos é que eles são absolutamente informativos a respeito de temas científicos e médicos, mas são também muitas vezes de um lirismo que embala a alma.

"A vida na Terra é um rio que começou a correr há quase 4 bilhões de anos, e chegou até você e eu no meio de uma diversidade espetacular: leões, mosquitos, coqueiros, bactérias, algas marinhas e dezenas de milhões de outras espécies". Assim começa o livro, e é por esse rio que Drauzio Varella nos conduz ao longo das mais de trezentas páginas que se seguem.

Alguns textos são cheios de poesia, outros mais pragmáticos descrevem mazelas de saúde e afins. Todos aumentam nosso conhecimento sobre o mundo, sobre o nosso dia-a-dia, sobre o funcionamento do corpo humano. E muito mais.

Tive a sorte de organizar o volume, o que quer dizer que li e reli todos os textos. O mundo ficou mais claro, e seus mistérios mais bonitos. Junto minha voz à do autor: "Com todo o respeito pelos que acreditam ter sido o homem criado por um sopro transcendental, a visão de que a vida surgiu aleatoriamente, há quase 4 bilhões de anos, a partir de moléculas capazes de fazer cópias de si mesmas e que, através da seleção natural, formaram seres tão díspares quanto bactérias, árvores e mamíferos encerra mais mistério e poesia."

Como este texto tem a ver com o tema em discussão na Roda de Ciência, por favor deixe comentários aqui.

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