11 setembro 2008

Mar doente

A área do banco de corais de Abrolhos, ao longo da costa do sul da Bahia e norte do Espírito Santo, é muito maior do que se pensava.


A descoberta vem das explorações do fundo do mar feitas por uma equipe que reúne pesquisadores da Conservação Internacional do Brasil e de diversas universidades. Além disso se insere na CReefs, uma iniciativa internacional para catalogar a biodiversidade de todos os oceanos.

Neste momento eles estão lá, a bordo do barco de pesquisa, incansavelmente mapeando o fundo do mar, encontrando novidades e, se preciso (e se possível), mergulhando para investigar mais de perto.

A descoberta abre as portas de um mundo de maravilhas, mas as notícias não são boas. Muitos dos corais-cérebro típicos da região estão atacados pela praga branca, como o da foto de autoria de Ronaldo Francini-Filho, da Universidade Estadual da Paraíba. Além disso, a pesca em ampla escala já causou modificações importantes numa cadeia alimentar em que os maiores peixes se tornam raros. Peixe grande que não escasseia, só o bicho-homem...

A boa notícia é que os planos vão além de explorar a nova área descoberta - quase que um novo continente. Até o fim do ano, a equipe multidisciplinar pretende traçar metas e estratégias de conservação para Abrolhos. Leia mais na edição de setembro de Pesquisa Fapesp, ou aqui.

2 comentários:

Tatiana disse...

Oi Maria, venho sempre no seu blog, mas nunca comentei porém, hoje algo me deixou em dúvida: o que seria esta "praga branca" (da foto) que estão atacando os corais-cérebro? Fiquei curiosa.

Maria Guimarães disse...

olá, que bom que você avisou! eu explicava melhor na versão completa da matéria, que depois teve que ser cortada e essa parte ficou meio oculta. é o que está no último parágrafo da matéria da pesquisa fapesp, não sei se você foi olhar.
a praga branca é uma bactéria, provavelmente do gênero vibrio (parente da que causa cólera), que mata os corais mais depressa do que eles conseguem se regenerar.