O lixo nosso de cada dia
Quase todos os dias nos deparamos com informações e discussões sobre como a humanidade está acabando com este mundo onde vivemos. Quem é que não fica indignado com aqueles países que usam energia e poluem como ninguém, e cujos governos se recusam a tomar medidas de sustentabilidade? Ou com o desmatamento de nossas florestas, que estão virando imensos campos de soja ou simplesmente servem como doadoras involuntárias de árvores que virarão papel, móveis, palitos de dente etc. e tal?
Bom, tem muita gente que não gasta sua irritação com isso, afinal pra quê? Mas aposto que se declarariam revoltadas se alguém fosse perguntar. Parece que há duas opções. Uma é entrar para o Greenpeace ou coisa que o valha, deitar-se na frente dos tratores para impedir a derrubada das belas e centenárias árvores que abrigam em si uma fauna e flora insubstituíveis. Muito bonito, mas quanta gente está disposta a tal engajamento? Eu não, confesso. A outra opção é lamentar os acontecimentos e tocar em frente, afinal o que é que se pode fazer?
Até certo ponto é verdade. Mas é verdade também que no nosso dia-a-dia contribuímos para um imenso desperdício. São coisinhas que nem notamos porque são desimportantes, mas que vão contribuir para a poluição global, para expandir áreas de lixões, para a derrubada de árvores, quem sabe mais o quê. Proponho um exercício: por uma semana (ou pelo menos um dia), guarde tudo o que você jogaria no lixo porque não precisa. Vão ser copinhos de plástico, colherinhas descartáveis, sacolas diversas, folhetos de propaganda... As úteis não precisa guardar, só aquelas que a gente nem olha. Ou que usa só porque estão ali. Canudos, por exemplo (tá, é uma implicância minha, que acho infantilizante sugar o que a gente bebe): eles já vêm no copo, quem não tem minha mania acaba usando (inclusive para a caipirinha, e aí fica bêbado bem mais depressa, dizem). Mas e se estiver ali no balcão, para quem quiser? Aposto como só uma fração das pessoas usaria. Enfim, voltemos ao exercício. Ao fim da semana, o volume será imenso. Isto é uma semana numa vida, uma pessoa em bilhões. Dá o que pensar para quem acha que “eu não faço diferença nenhuma”.
Eu proponho que a gente não pegue folhetos nos sinais a não ser que esteja procurando casa (tá, coitado daquele pessoal que ganha pra isso, mas a coisa saiu de controle). Que a gente tenha um copo não-descartável no trabalho para não precisar usar os de plástico (pra quem tem preguiça de lavar copo, digo: não precisa lavar todo dia!). Que usemos guardanapos de pano em casa, também não precisa lavar todo dia. Que jogue o lixo reciclável em lugar apropriado, ou entregue pro pessoal que recolhe essas coisas em vez de obrigá-los a triar o lixo todo. Que as lanchonetes e afins tenham os canudos e colherinhas à disposição, mas que não os imponha. Pra que pegar saquinhos nas lojas se a gente vai usar o que comprou em seguida, ou pôr na bolsa? E por aí vai. O que sua imaginação sugerir vale, mas abaixo o desperdício! Vai ver é só para limpar a consciência, mas eu acho que faz diferença sim. E não custa.
24 comentários:
Tô contigo e não abro! Provavelmente já virei uma maníaca por reciclagem... tudo, absolutamente tudo, eu separo: desde as coisas mais óbvias (garrafas long neck ou latinhas de alúmínio) até as menos, mas que certamente não precisam ir para o lixo comum (rolo vazio de papel higiênico, por exemplo). Não custa nada e estou certa de que faz diferença. E outras coisas também fazem: fechar a torneira enquanto lava a louça, escova os dentes ou faz a barba ou usar a água que sai da máquina de lavar roupas para lavar o quintal... coisas pequenas, atitudes simples... e como chata de plantão assumida que sou, sempre estou em campanha, com os amigos e parentes.... já mudei a atitude de algumas pessoas!
Compartilho das mesmas ideias q vc,inclusive esse foi meu tema para um projeto de biologia,é muito importante alertar a população sobre o lixo q jogamos fora e ñ percebemos...
sarinha, legal que você fez um trabalho sobre isso. acho muito difícil fazer com que as pessoas prestem atenção...
nossa!!!!! parabns pelo seu trabalhooo.......
Gostei muito do texto, pois fala de um assunto que está ligado ao nosso dia-a-dia e que nem nos damos conta.Apesar de se ouvir falar muito em disperdicio, achamos que o nosso lixo não fará diferença nenhuma em meio a tantos , como diz no texto, e isso é realmente verdade. Eu mesma misturo lixo e nem me dou conta de que esse lixo pode muito bem ser reaproveitado em muitas coisas, como artesanatos,ou coisas do tipo e garanto que muitas pessoas fazem isso. O minimo que temos que fazer é nos conscientizar de que isso faz sim a diferença e se cada um de nos ajudar a diferença é ainda maior.
O texto tem uma visão critica e um tanto “exagerada” em relação à formação excessiva de resíduos urbanos. Porém, na minha opinião, essa visão é de extrema importância, pois, se todos nós tivéssemos esse pensamento crítico,com certeza iríamos minimizar esse impacto ambiental. Tudo é uma questão de educação ambiental, que começa desde o desmatamento da mata nativa, que, convenhamos, é uma catástrofe ambiental. Até o investimento de grandes e pequenas empresas na propaganda e no marketing impresso que polui não somente o meio ambiente,mas a visão do cidadão que andam pelas ruas,com dezenas de pessoas distribuindo os mesmos a cada esquina. Consciência,educação, visão futurista para um mundo melhor é o que falta para toda população.
A cada dia, mais e mais pessoas estão preocupadas com as questões ambientais, não o suficiente, é claro, mas com certeza estão “fazendo a diferença”. Fazem a diferença porque pensam não só no lado econômico, estético da coisa, mas também se importam, sim, com o meio que deixarão para seus netos, bisnetos... Muitos não dão a mínima para isso, pois com certeza não estarão aqui para assistir a tudo se terminando, é uma questão de consciência, de conscientização. Hoje estamos sofrendo com tantas enchentes, furacões, terremotos, porque alguém, no passado, não dava a mínima, por exemplo, em separar o seu próprio lixo (coisa tão simples, mas que ainda muitos não fazem), separar o que pode ser útil para alguém. Existem muitos (as) “fazendo a diferença” - não o necessário-, mas sendo otimista, desta forma conseguiremos retardar – não evitar - o que já vem acontecendo com tanta frequência. Ana Paula.
Lemos seu texto em aula, e achei muito interessante o Tema “O lixo nosso de cada dia”. É muito importante o nosso cuidado com o lixo que produzimos em mossas casas, pois ele é uma responsabilidade nossa. Certamente colocamos no lixo o que realmente não vamos mais utilizar, e às vezes até o que poderíamos reutilizar novamente, mas certamente não estamos preocupados com isso porque colocando no lixo é uma forma de livrarmos do que não queremos guardar em nossas casas.
Olá, li seu texto em uma aula de português no curso técnico em ambiente e gostei bastante do jeito que você “chama” as pessoas para o ler, um tanto quanto irreverente, a forma que está escrita a redação numa linguagem bem popular é um bom passatempo para quem curte uma boa leitura. Mas, além disso, dá pra dizer que faz a gente realmente pensar nesses pequenos detalhes, que às vezes nos esquecemos ou simplesmente ignoramos, e passam despercebidos. É muito bom saber que tem pessoas que ajudam a nos lembrar dessas minuciosas coisas.
P.S. : Título GENIAL!!!!!!!!!!
Ótimo texto!!! Se encaixa perfeitamente com o cotidiano das pessoas, estamos sempre aprendendo errado, e ainda não consigo entender pq demoramos tanto para reaprender... Pequenas atitudes, como as que foram citadas, pensando em nivel mundial, trariam um incrivel resultado. Gosto muito da ideia de reciclarmos a nossa mente, esse é um grande inicio para um novo estilo de vida e é uma sobrevida para o planeta que habitamos!!! Reciclem!!!
Tânia, obrigada por explicar! Estava curiosa para saber por que tanta gente estava comentando de uma vez!!! Adorei vocês terem lido e deixarem suas opiniões.
Se quiserem ver o que a gente tem feito de novo, este blogue se mudou para http://www.scienceblogs.com.br/cienciaeideias/
anotem e voltem sempre!
abraços, maria
Li o seu texto e o achei muito bom. Aborda bem o conceito de como podemos cuidar do meio ambiente, utilizando meios do nosso dia- a- dia. É importante informar todas as pessoas de como é fácil preservar o meio ambiente se elas realmente quiserem e como é importante preservar a natureza e tudo que há nela. Nós dependemos dela para tudo, e muitas pessoas não têm essa consciência, a maioria acha que é o meio que precisa de nós. A abordagem que você fez é fácil de se entender e todas as pessoas podem ter acesso a ela. Todos podemos mudar com atos bem simples e o fato de estes exemplos corriqueiros terem sido usado mostram que é de fácil aplicação. Por fim, gostaria de acrescentar que gostei da sua iniciativa de tomar o assunto do meio ambiente como algo importante, porque de fato é. Se todos fizerem a sua parte como você está fazendo a sua, será ótimo.
O texto é bom mas o que seria das pessoas se não tivesse onde trabalhar se a fábrica de moveis não fizesse o seu trabalho . Acho que temos que cuidar do nosso planeta mas não podemos ser tão radicais a ponto de ter que usar um copo duas vezes para depois ser lavado como indica o texto.Devemos ter consciência do que usamos e do que gastamos para não gerar muito lixo. Aí, galera, vamos nos ligar, colocando o lixo no lugar certo mas antes sempre reciclando!
Li teu artigo em aula , e fiquei muito contente com sua atitude de expor o que você pensa sobre nosso resíduo, muitas vezes largado na rua pela população que não dá a miníma para isso. Acretido que, se todos tivessem sua postura de“demostração” de preocupação com o meio ambiente , poderíamos mudar muito mais a situação do planeta com uma melhoria na educação ambiental. Um assunto que está esquecido por muitos que é essencial .
Senhora Maria Guimarães, sou aluno do curso técnico em meio ambiente, do Coração de Maria, achei muito interessante sua idéia de conscientização ambiental, se cada um de nós separarmos o nosso lixo corretamente, iremos colaborar muito para a preservação do meio ambiente e com certeza um dia irá fazer uma grande diferença. Gostei muito do titulo, “O Lixo Nosso de Cada Dia”, ê o porquê de ter me chamado a atenção, é a gente que gera todo esse lixo, e se a gente não se preocupar, quem é que vai se preocupar pela gente? O que eu tenho a dizer pra você, meus parabéns pela sua iniciativa.
O Lixo Nosso De Cada Dia
A consciência como lidamos com o lixo está cada vez mais mudando.Ideias de melhorias surgem a todo instante, mas falta dedicação de todos. Um simples instante de reflexão nos faz pensar muita coisa,uma delas e refletir sobre a falta de interesse pelo nosso meio que a cada dia está mais poluído. A lógica é simples: como o lixo não pode ser abolido, deve-se tentar a melhor forma de lidar com ele.A população precisa entrar nessa luta.
Li o artigo O LIXO NOSSO DE CADA DIA, e gostei muito do tema abordado, pois é um assunto atual bem falado no momento. Temos uma parcela muito grande de culpa, pois fechamos os olhos para o problema, fazendo assim ele se tornar ainda maior. Bom a parte da irritação me chamou a atenção, porque o problema de nós seres humanos é reclamarmos e não agirmos. Eu acho que,se todos fizerem o exercício que você propôs, pelo menos um dia cairiam na realidade e veriam realmente o problema e a solução.Parabéns pelo artigo, muito bem feito.
uhuuuu galerinhaaaa
isso aí
Olá! Eu sou silvano
Muito bom o texto!!! Se encaixa muito bem com a rotina das pessoas, nós aprendemos sempre a coisa errada e não consigo entender por que demoramos tanto para reaprender. As pessoas custam a entender a importância de colocar o lixo no lugar certo. O seu texto está completamente correto, abordando questão da contribuição para a poluição global.
Li em aula o artigo “O lixo nosso de cada dia” e adorei o exercício proposto, não o fiz, mas assumo que me passou pela cabeça, eu só me convenci mais ainda do quanto faço, ou qualquer um faz a diferença. Acredito que quando falam “O que adianta só eu fazer?” seja simplesmente preguiça de assumir a responsabilidade, somos acomodados, traduzindo: “lentos” e parece que só faremos algo quando já estivermos mergulhados em nosso próprio lixo. Eu concordo quando diz que muita gente não gasta sua irritação com isso, mas acho ridículo, pois somos ou não animais racionais? Bom, o que um ser racional faz com certeza não é destruir seu único lar, mas ainda tenho esperança, acreditar em uma futura conscientização não parece, mas já é um grande passo.
O artigo foi bem elaborado, pois refere-se à parcela de culpa que temos no nosso dia-a-dia,onde gostaríamos de solucionar situações como descaso com este planeta ,mas não temos poder para dar um basta.Estamos destruindo o nosso próprio lar.As autoridades deveriam se preocupar mais com o meio ambiente,conscientizando as pessoas do mal que estão fazendo pra si mesmas,pois através de um simples gesto de educação faria a diferença,onde cada pessoa fazendo a coisa certa estará contribuindo e amenizando o impacto que certas atitudes trariam,assim fazendo a diferença.O artigo apresenta um conteúdo muito bom de se ler e meditar.
Olá, sou o Gabriel, acredito que o problema está na falta de cultura das pessoas. Ninguém se preocupa e acusaõ a prefeitura que deve ter a iniciativa de cuidar do nosso lixo. Sim, a prefeitura tem um pouco de culpa, pois não fiscaliza e tampouco propõe iniciativa. Mas, se cada um ciudar de seus resíduos, aí sim as autoridades vão começar a cuidar do nosso ambiente.
Achei muito interessante a redação, pois acho que as pessoas precisam de mais incentivo, para ver que não é brincadeira o que esta acontecendo, a natureza precisa de ajuda e não da destruição. Pois se cada um fizesse sua parte como: separando o lixo que usa, evitando embalagens, não usando objetos descartáveis, tudo isso ajuda para que no futuro as conseqüências não sejam maiores, assim trocando destruição por preservação.
(novo endereço do blogue: http://scienceblogs.com.br/cienciaeideias/)
Olá a todos, fiquei muito feliz por vocês terem usado o texto na aula de vocês. Gostei de receber tantas opiniões, o que deixa claro que há muito a conversar e discutir. Já pensaram se a gente parasse mais para falar nessas coisas, ter ideias e pensar em maneiras melhores de agir? É preciso fazer isso mais.
Só um exemplo, continuo me esforçando para reduzir ao mínimo o lixo desnecessário que gero. No meu trabalho tenho um copo para tomar água, uma xícara para chá e uma caneca de plástico com tampa para levar água para o almoço - assim não preciso comprar água engarrafada nem usar copos de plástico. Eu queria que os restaurantes e padarias tivessem garrafões de água e vendessem direto no copo, sem garrafas. Enquanto isso não acontece, levo minha própria água. Tenho também uma toalhinha para secar as mãos quando vou ao banheiro.
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