31 maio 2007

Surpresas sem fim (sem fim?) na Mata Atlântica

Ontem tive a boa surpresa de abrir O Globo impresso e ser apresentada ao simpático Juliomys ossitenuis. É uma nova espécie de roedor da Mata Atlântica, floresta brasileira campeã mundial em biodiversidade e com níveis assustadores de desmatamento e extinção. A notícia está também no portal G1, mais completa.

Já publiquei a mesma foto, de Pedro Peloso, numa matéria na Pesquisa Fapesp em dezembro passado, em que eu falava sobre como as constantes novas descobertas são uma pista da imensa riqueza que corremos o risco de perder. Na época o Juliomys ainda não fora batizado, agora Reinaldo José Lopes conta um pouco mais da história.

O assunto me entusiasma e maravilha. Mas ainda por cima ao longo do meu doutorado tive a sorte de ouvir muitas lindas histórias de exploração Brasil afora por Leonora Costa e Yuri Leite. Esses dois ainda nos mostrarão muito sobre a Mata Atlântica, fiquem de olho. Obrigada, compadres!


3 comentários:

João Carlos disse...

Salve, Maria!

Embora a descoberta de uma nova espécie seja sempre uma notícia alvissareira, eu não posso deixar de observar que é extremamente irônico que a mais nova espécie brasileira seja um... roedor... (lembra uma mistura de preá com rato-do-mato, né?...)

Eu gostaria de desjar vida longa ao Juliomys ossitenuis, quando mais não fosse, porque isso significaria que seu habitat continuaria existindo.

Maria Guimarães disse...

pois é, joão carlos. mas os roedores são mesmo muito pouco conhecidos. e talvez por isso mesmo, pouco apreciados. a gente pensa só nos que habitam nossos esgotos e invadem nossas cozinhas... cuidado, se você bobear embarco numa de mostrar como tem muito roedor digno de admiração!

João Carlos disse...

Tem toda a razão Maria. Além disso, duvido que alguém (além de um Australiano) fosse reclamar de um coelhinho, por exemplo...

E é sempre bom lembrar que aqueles que habitam nossos esgotos e invadem nossas cozinhas, se deixados em paz, viveriam nas florestas que nós invadimos para construir nossas cidades.

É que a descoberta do Juliomys ossitenuis coincidiu com a descoberta - muito menos alvissareira - de diversos tipos de ratazana, do tipo "paeltó-e-gravata", em regiôes remotas do Planalto Central (detalhe curioso: antes da construção do Lago Paranoá, não havia roedores no DF... muito seco...)