10 fevereiro 2007

Farejadores de perigo

Fã de ratos, Bart Weetjens resolveu ensiná-los farejar minas em Moçambique. Mas não ratos quaisquer: são ratos gigantes do Gâmbia, Cricetomys gambianus. Treiná-los leva de 6 a 8 meses, muito mais rápido e barato que um cachorro. Quando encontram alguma mina, que infestam o solo moçambicano desde a guerra civil, dão uma cavadinha no chão - mas são leves demais para detoná-las. É a vez dos companheiros humanos, que removem o perigo explosivo.

O problema é que falta verbas para remoção de minas moçambicanas, então eles estão sendo treinados para outros farejamentos: são mais eficazes em detectar tuberculose em escarros do que um técnico munido de microscópio. Como a tuberculose causa estragos sérios na África, os ratos prometem. Seus treinadores pretendem levá-los para escolas, prisões e bairros pobres. Segundo Weetjens, com mais um ou dois anos de trabalho os ratos estarão bem escolados para essa nova função.

O site http://www.herorat.org/ traz mais informações, e permite até adotar um rato e financiar sua formação por 5 euros por mês!

Veja este e outros assuntos na seção Laboratório da Pesquisa Fapesp de fevereiro.


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