11 fevereiro 2007

Cada um faz, cada um conta

Respondo aqui à proposta da Lucia Malla, de refletir sobre o que cada um de nós faz para contribuir para que este mundo se sustente - conosco e nossos conterrâneos (no sentido amplo de Terra) animais e vegetais em cima dele.

Aqui vão três manias minhas que, espero, são uma pequena contribuição.

- Evito desperdícios. De comida, de energia, de água... A sociedade consumista infunde nas pessoas um descaso pelo uso de recursos. Deixar a luz do quarto ligada enquanto vê novela na sala, afinal que diferença faz na conta que virá no fim do mês? Tratar objetos como descartáveis. Deixar a água correndo enquanto escova os dentes andando pela casa. Tudo pequenas bobagens, mas que multiplicadas pelos milhões e milhões de pessoas com os quais dividimos o planeta, têm dimensões incomensuráveis. Refleti um pouco sobre isso no
primeiro texto que pus neste blogue, lá se vai mais de um ano.

- Papel, como a gente gasta! Na verdade tem a ver com o item anterior, mas como desperdiçamos muito sem nem pensar, opto por mais destaque. No meu trabalho a impressora imprime dos dois lados do papel, basta a gente "pedir". Foi a primeira coisa que verifiquei quando cheguei, e imprimo sempre dos dois lados. Para espanto dos colegas, que nunca viram tal coisa - e grande parte reclama que não gosta de ler em papel impresso dos dois lados. Não sou de fazer campanhas e manifestos, então fico na minha. Finalmente, semana passada duas pessoas me pediram que mostrasse como fazer. Uma pequena vitória, mas tão pequena.


- Sempre que possível, uso transporte público. Em algumas situações considero mais fácil, embora tenha seus desconfortos. Claro que não é bom tomar chuva no ponto de ônibus, não ter onde sentar, ter que carregar minhas coisas... mas pelo menos não me preocupo se vão roubar meu carro, nem noto o trânsito, posso ler no caminho... e poluo menos, e gasto menos combustível, e contribuo menos para o caos urbano! Claro que tem horas que não dá, que transporte público causa transtornos incontornáveis em nossas vidas ocupadas. Aí é usar discernimento. Este é mais um tema de que tenho mania e já causou muito debate neste blogue, veja
aqui, aqui e aqui.


2 comentários:

João Carlos disse...

Salve, Maria!

Posso sugerir mais uma? Separar os itens recicláveis no lixo.

Aliás, eu acho impressionante que cidades (como Araruama, por exemplo) não tenham coleta seletiva de lixo. Eu costumo separar as inveitáveis latinhas de alumínio, vidros e plásticos, e entrego a pessoas que costumam "fuçar" o lixo nas calçadas.

Com uma cajadada, mato três coelhos: garanto a reciclagem do material, ajudo pessoas carentes e evito que meu lixo seja remexido e espalhado pelos catadores em minha própria calçada...

Maria Guimarães disse...

joão carlos, obrigada por completar.
também faço isso, em rio claro. chega a me dar mal-estar o desperdício que há de material reciclável. lanchonetes onde latinhas e afins vão pro lixo... mesmo em são paulo. não sei como fazer, mas devia haver um esquema que facilitasse e estimulasse a reciclagem.