02 abril 2009

Corra e olhe o céu

Caminhar no escuro longe das luzes urbanas é uma experiência mágica. A imensidão escura com incontáveis pontos brilhantes de cores e tamanhos diversos (mas há quem os conte, por lazer ou profissão). São planetas, são estrelas que às vezes riscam o céu muito mais depressa do que um desprevenido consegue formular um desejo.

Um céu imenso que, nas noites mais escuras, chega a parecer um manto sólido que reduz uma pessoa à sua devida insignificância. Em certas situações, andando na escuridão completa, já tive a sensação de diminuir até quase desaparecer. Recomendo, de preferência depois de um reconhecimento de terreno que permita eliminar preocupações terrenas como a de cair num buraco ou pisar nalgum bicho noturno.

No entanto, o dia-a-dia urbano nos rouba o céu. Iluminação exagerada que rouba o negro do céu e ofusca as estrelas, poucas caminhadas noturnas, poucos jardins onde se possa deitar à noite e simplesmente olhar para o alto.

As 100 horas de astronomia buscam remediar um pouco disso. De hoje a domingo, uma série de atividades estimularão os passantes apressados a pararem para olhar o céu. Mais informações aqui. Veja também a coluna do astrofísico Augusto Damineli, da USP, no site da revista Pesquisa.

2 comentários:

Clarissa disse...

Ao observarmos as estrelas no céu, é até dificil imaginar que as luzes que a iluminam viajaram imensas distâncias até chegar aos nossos olhos.

Maria Guimarães disse...

é verdade. e que demoraram um tempão inimaginável. parecem logo ali, no teto do mundo.