Ciência e raças humanas
Comento o artigo de opinião do médico, geneticista e professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais Sérgio Danilo Pena, sobre “Ciência, bruxas e raças”, na Folha de São Paulo (com acesso aberto no Jornal da Ciência) da passada quarta-feira 2 de agosto.
Interessou-me especialmente a ciência prometida pelo título, mas o seu peso no texto era frustrante: 56 de um total de 716 palavras! Esclareço previamente que li com prazer a quase totalidade das restantes 660 palavras do artigo que não concernem à ciência, e que não comentarei. O artigo começa assim:
“Do ponto de vista biológico, raças humanas não existem. Essa constatação, já evidenciada pela genética clássica, hoje se tornou um fato científico irrefutável com os espetaculares avanços do Projeto Genoma Humano. É impossível separar a humanidade em categorias biologicamente significativas, independentemente do critério usado e da definição de "raça" adotada. Há apenas uma raça, a humana.”
Verifiquei, lendo o resto do texto, que Sérgio Pena pretendeu usar uma verdade científica para “instruir a esfera social”, estabelecendo uma analogia com a perseguição da bruxaria nos sécs. 16 e 17. Lê-se no sétimo parágrafo da edição impressa:
“Analogamente [à revolução científica no séc. 17, que tornou impossível a crença continuada em bruxaria], o fato cientificamente comprovado da inexistência das "raças" deve ser absorvido pela sociedade e incorporado às suas convicções e atitudes morais.”
Penso que esta afirmação encerra uma armadilha perigosa que tento revelar com a pergunta que deixo no final do texto.
O tema da realidade biológica das raças humanas é complexo e, ao contrário do que Sérgio Pena afirma, não existe uma opinião consensual sobre a questão na comunidade científica. O debate está longe de estar encerrado. O facto concreto que consubstancia a minha afirmação é sumariamente relatado abaixo.
Em 2003, realizou-se um encontro no National Genome Center at the Howard University em Washington D.C. com o título “Human Genome variation and ‘Race’: The State of the Science”, congregando peritos nas áreas de sociologia, antropologia, história e genética, para quebrar um ciclo de décadas de discussões emocionais e pouco científicas sobre a conexão entre genética e raças humanas.
Francis Collins assinou em 2004 um artigo na revista Nature Genetics 36, Supplement com algumas conclusões resumidas desse encontro em 2003. Todos os outros artigos deste suplemento especial da revista são interessantes e estão acessíveis no link acima. Transcrevi um excerto do artigo de Collins entitulado “What we do and don’t know about ‘race’, ‘ethnicity’, genetics and health at the dawn of the genome era”. Transcrevo os seguintes trechos:
"Is race biologically meaningless?
First, it is essential to point out that ‘race’ and ‘ethnicity’ are terms without generally agreed-upon definitions. Both terms carry complex connotations that reflect culture, history, socioeconomics and political status, as well as a variably important connection to ancestral geographic origins. Well-intentioned statements over the past few years, some coming from geneticists, might lead one to believe there is no connection whatsoever between self-identified race or ethnicity and the frequency of particular genetic variants [1,2]. Increasing scientific evidence, however, indicates that genetic variation can be used to make a reasonably accurate prediction of geographic origins of an individual, at least if that individual’s grandparents all came from the same part of the world [3]. As those ancestral origins in many cases have a correlation, albeit often imprecise, with self-identified race or ethnicity, it is not strictly true that race or ethnicity has no biological connection. It must be emphasized, however, that the connection is generally quite blurry bacause of multiple other nongenetic connotation of race, the lack of defined boundaries between populations and the fact that many individuals have ancestors from multiple regions of the world.
…
In that vein, the National Human Genome Research Institute convened a Roundtable on Race, Ethnicity, and Genetics on 8-10 March 2004, which was attended by a wide range of thought leaders in genetics, anthropology, sociology, history, law and medicine. A report of that meeting is being prepared for publication. The National Human Genome Research Institute is also sponsoring a consortium of funded investigators, known as the Human Genetic Variation Consortium, which is striving to address many of these unanswered questions."
Recentemente fui convidado por uma jornalista a expressar a minha opinião de especialista (biologia evolutiva) sobre a realidade biológica das raças humanas. Hesitei porque a diversidade biológica das populações humanas não é o meu objeto de estudo. O meu conhecimento científico dessa realidade resulta mais da leitura crítica de bibliografia científica e material de divulgação sobre a matéria. Por outro lado, a minha especialidade é exatamente o estudo da diversidade biológica (genética e fenotípica) e da sua distribuição (filo)geográfica, das interações genéticas e ecológicas entre populações diferenciadas (hibridação sensu lato e miscigenação), e de processos de especiação. Aceitei o convite.
Decidi aplicar os mesmos critérios de análise biológica que tenho aplicado a outros objetos biológicos (anfíbios) a dados de diversidade genética e fenotípica conhecidos para populações humanas. Explicitarei o meu pensamento detalhado noutra altura. Aqui apenas quero afirmar que não foi fácil chegar a uma conclusão dada a complexidade da realidade biológica. Os dados tanto podem ser usados para apoiar a realidade biológica de raças humanas como usados para concluir que a divisão da humanidade em raças não é a melhor forma de descrever a distribuição da sua diversidade genética. No final, escolhi este último caminho como aquele que é mais coerente com o meu percurso científico conceptual. Só que o meu percurso, a minha forma de ver o mundo como um conjunto de continuidades mais ou menos descontínuas está apenas a um passo de outra forma de ver o mundo, como um conjunto de descontinuidades mais ou menos contínuas. É um simples problema de iluminação de gradientes e de fractais. Lembram-se do fractal? Pois aí está, essa minha visão de mundo resulta da análise de gradientes espaço-tempo em realidades quasi-fractais.
A minha frustração com a comunicação de ciência do cientista Sérgio Pena resulta da aparente leveza da sua abordagem, dando a entender que a verdade anunciada é natural e insofismável perante os dados disponíveis. Mas a análise dos dados disponíveis sobre a diversidade genética humana levanta mais questões do ponto de vista biológico do que aquelas que permite responder. Claramente é necessária mais informação para iluminar os vários debates que se desenham no futuro. Estamos longe ainda de qualquer verdade científica! Assim sendo, penso que a comunicação da ciência à sociedade deveria ser, ou pelo menos parecer, mais rigorosa e cuidadosa.
Termino com uma pergunta a Sérgio Pena. Se surgisse algum dado novo que fizesse pesar o prato da balança em favor da realidade biológica das raças humanas, de que modo deveria essa verdade científica “instruir a esfera social”? Ou não deveria?
Proponho que se debata este tema um dia na(o) Roda de ciência.
35 comentários:
o que mais me chocou na coluna do sérgio pena foi essa postura de "eu sou o cientista, eu sei e vou dizer a vocês no que acreditar". então o Cientista toma para si a função de bastião da moral, e como é ele quem sabe não precisa explicar a ciência.
é isso divulgação de ciência? é isso que vai contribuir para que o cidadão leigo tenha uma compreensão maior de temas científicos? tenho certeza que não.
quanto às raças, tenho dificuldade de entender essa discussão. ele diz que "só há uma raça, a humana". qual é a distinção entre raça e espécie? porque não pode haver subdivisões dentro da espécie? claro que essas subdivisões não são estanques - ninguém discute que haja raças de cachorros, embora suponho que as diferenças "biológicas" entre elas também sejam sutis.
quando eu vejo um negro, um asiático, um indígena andino etc., classifico a pessoa num desses grupos. se não é raça, se chama como? no mundo em que eu gostaria de viver a gente poderia notar essas diferenças, e apreciá-las. dizer "aquele ali é índio" não devia ser diferente de dizer "aquele é loiro", ou "aquele é alto", ou "aquele gosta de se vestir de roxo".
viva a diversidade humana! sem ela este mundo seria um saco...
«Certamente, a humanidade do futuro não acreditará em raças mais do que acreditamos hoje em bruxaria». Já começou mal... A maioria das pessoas, hoje em dia, acredita em "bruxaria". Talvez os doutos céticos com que o eminente professor se relaciona, não acreditem e o "resto", não conta...
«De acordo com o historiador Hugh Trevor-Roper, o declínio da perseguição às bruxas foi em grande parte causado pela revolução científica no século 17, que tornou impossível a crença continuada em bruxaria.» Errado, de novo! A revolução científica apenas tirou das mãos dos radicais religiosos o poder de acusar sem provas. "Bruxas" existem (se "bruxaria" funciona ou não, é irrelevante para esta discussão).
Maria, sua citação dos cachorros é particularmente a propósito. Eu já li - algures - que os DNA de duas diferentes raças de cachorro apresentam mais diferenças do que os de quaisquer dois seres humanos. E - alhures - que um estudo sobre as diferenças no DNA humano indicam que - logo após a Era Glacial - a espécie humana esteve reduzida a uns poucos milhares de sobreviventes. (Evidentemente, não posso aquilatar da veracidade dessas afirmações). Mas que as idéias me são simpáticas, lá isso são...
E, concordo: a retórica do "bioconsulto" é puro "Idolum Theatri".
Maria, repara que é um problema de categorização. Se as categorias não são estanques, existem dificuldades em definir o que está entre os extremos. Quanto ao resto, concordo!
João Carlos, é verdade que estudos apontam para que a diversidade genética dos cães esteja um pouco mais associada às diferentes raças do que em humanos. O artigo mais recente que conheço é de Parker et al. (2004) na Science (http://www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/sci;304/5674/1160).
Abs.
claro! aliás, ainda não descobri qual a cor do meu cabelo. agora, se vierem me dizer que cor de cabelo não existe...
Então, João Alexandrino, eu ainda tenho no quintal de minha casa um "lobo" Huskie, um cão Poodle e uma cadela viralatas. E eles coexistem pacificamente, dentro de uma hierarquia de matilha, se comportando como o que são: cães. O que me leva (religioso que sou) a discordar da crença arraigada entre os místicos de que o ser humano é o ápice da "criação".
No momento eu que escrevo este comentário, acabo de passar pelo "Ciência em Dia" e tomar conhecimento do "barraco" que rolou entre místicos e não-misticos sobre o tema "Gaia/Meio-ambiente". É triste constatar que ainda se perde tempo com discussões bizantinas em face de problemas urgentes e de solução difícil e demorada. Eu prefiro a posição pragmática de Ju Enlai: "não me importo com a cor do gato, contanto que ele pegue o rato".
Em tempo: concordo em incluir o tema entre os da "Roda". Talvez vocês se surpreendam com o que um místico tem a dizer...
Mas os cães não decidem onde e com quem conviver ou reproduzir-se.
Algumas espécies de ciclídeos (peixes que vivem em alguns lagos africanos) têm cores diferentes, e estão isoladas reprodutivmente porque as fêmeas selecionam os machos pela sua cor. No entanto, ocasionalmente as águas do lago ficam turvas, e indivíduos das duas espécies reproduzem-se sem problema. Para os biólogos, isto representa um problema para a definição de espécie. Mais uma vez, existe debate e eu reconheço argumentos válidos nos dois lados da trincheira. Repare que a discussão é relativa a um outro nível de organização biológica (espécie e não raça), mas continuo a dizer que é um problema de iluminação de gradientes mais ou menos descontínuos.
À noite todos os gatos são pardos. Abs.
Não é só cor:
Caucasiano:
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http://www.mundolatino.org/cultura/saramago/sar_02.jpg
http://www.nato.int/sfor/nations/various/swedish.jpg
Negros: (existem na áfrica três dos 5 grupos raciais, caucasianos, negróides e capoides, antes de dizer que existe racismo, o termo caucasóide também é correto)
http://encyclopedia.quickseek.com/images/Skullneg.gif
http://www.saintmarys.edu/~rjensen/congoid.GIF
http://www.covafrica.org/burkina/photos/fulani_girls.jpg
Mongolóides ou Asiáticos:
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http://www.tbs.co.jp/anatsu/who/photo/tosaki.jpg
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E os australóides! grupo racial que tomou um rumo diferente das outras raças entre 30 a 50 mil anos atrás!
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http://www.chennaimuseum.org/draft/gallery/02/03/images/manskull.jpg
vou deixar de lado os capóides...
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várias imagens, sem legendas...
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Quanto aos amerindios, sáo asiáticos, um ramo diferente apenas, assim como tanto árabes e nórdicos perttencem a mesma raça, um chinês e um inca tbm.
Quanto a natureza do homem... todas sabem que ela nào é boa, todos exceto rousseau, que afirmou que o "homem selvagem" é moralmente superior, no fim temos o mesmo comportamento, extremamente egoísta, e acima de tudo, feitos, mesmo que por pequenos impulsos, criados para manter os nossos genes por aí, assim como os animais, isso explica tbm, nosso amor por parentes, pela cultura e pelo nosso povo, isso explica também o holocausto, e as guerra civis nas ditas "republicas democraticas".
A diversidade, ideológica, religiosa, étnica, cultural e tudo mais, só gera conflitos, submissão.
A natureza não nos fez para sermos felizes. NOsso destino é a auto-destruição.
quanto ao bom selvagem, irrelavente para a discussão, e por sinal, segundo os romanos, os famosos vinkings, de bom selvagens nào tinha nada, e é mais seguro viver em uma cidade grande como rio de janeiro ou sào paulo, do que em uma tribo "selvagem", a taxa de homicidio entre grupos etnicos rivais é enorme! Ao exemplo hoje pacificos escandinavos, viver em sociedade é a melhor forma para se viver...
Já ouviram falar do homem de flores, foi encontrado um esqueleto de 18 mil anos dessa espécie!
http://www.carlaantonelli.com/Homo%20floresiensis%20evolucion.jpg
http://www.interet-general.info/IMG/Homo-Floresiensis-1.jpg
http://www.pkaj.dk/images/homo%20floresiensis.jpg
Olhe hoje em dia! Os pigmeus:
http://www.cooperfamilymotorbikeexpedition.co.nz/images/pigmies.gif
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/bb/African_Pigmies_CNE-v1-p58-B.jpg/300px-African_Pigmies_CNE-v1-p58-B.jpg
http://www.era.anthropology.ac.uk/Era_Resources/Era/P-C_Museum/Images/Two%20pygmies.gif
http://www.artsci.wustl.edu/~anthro/courses/306/ituri_coolidge.JPG
http://www.mendosa.com/pygmy.jpg
http://www.calarts.edu/~shockley/pygmies.gif
http://home.gwu.edu/~gwg/home/b_pics/pygmies.gif
http://www.rainforestfoundationuk.org/photos/Enlarge/DRC004_J.jpg
Note o tamanho do crânio!
Continuam achando que não existem raças?
Existe várias outros indicios de grandes diferenças entre povos, os egipcios por exemplo, tinham um volume craniano muito superior ao dos homens modernos.
Atualmente, existem pesquisas (ver site da nationalgeographic) quem houve mistura de neandertais com sapiens (na europa!) antes da extinção dos mesmos, e provavelmente também ouve mistura de sapiens com erectus.
Quanto ao gargalo populacional que reduziu a espécie humana a alguns milhares (provavelmente mil ou dois mil exemplares) até onde se pode dizer ocorreu, mas isso não significa que esses mesmos individuos vivessem em uma mesma tribo e fossem iguais! isso ocorreu a 70 mil anos, e de lá pra cá o ser humano mudou muito, tanto que existe o sapiens arcaico, e o sapiens moderno, os aborigenes estão isolados lá a pelo menos 30 mil anos, tempo o suficiente para criar grandes diferenças, e caso exista sangue de outras espécies no sapiens sapiens, quem garante que elas sejam parcialmente responsáveis pelas diferenças biológicas entre as raças? No caso o europeu tem traços mais neandertais, os africanos em geral, de erectus, e os asiáticos sapiens arcaico?
O que eu estou dizendo é pura hipóteses, mais que existem coisas aí a avaliar, isso existe!
E quanto a reunião de cientistas sobre o tema raça, não acredito que nenhum cientiosta respeitado fosse arriscar sua reputação defendendo diferenças raciais...
Já ouviram falar do homem de flores, foi encontrado um esqueleto de 18 mil anos dessa espécie!
http://www.carlaantonelli.com/Homo%20floresiensis%20evolucion.jpg
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Olhe hoje em dia! Os pigmeus:
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http://home.gwu.edu/~gwg/home/b_pics/pygmies.gif
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Note o tamanho do crânio!
Continuam achando que não existem raças?
Existe várias outros indicios de grandes diferenças entre povos, os egipcios por exemplo, tinham um volume craniano muito superior ao dos homens modernos.
Atualmente, existem pesquisas (ver site da nationalgeographic) quem houve mistura de neandertais com sapiens (na europa!) antes da extinção dos mesmos, e provavelmente também ouve mistura de sapiens com erectus.
Quanto ao gargalo populacional que reduziu a espécie humana a alguns milhares (provavelmente mil ou dois mil exemplares) até onde se pode dizer ocorreu, mas isso não significa que esses mesmos individuos vivessem em uma mesma tribo e fossem iguais! isso ocorreu a 70 mil anos, e de lá pra cá o ser humano mudou muito, tanto que existe o sapiens arcaico, e o sapiens moderno, os aborigenes estão isolados lá a pelo menos 30 mil anos, tempo o suficiente para criar grandes diferenças, e caso exista sangue de outras espécies no sapiens sapiens, quem garante que elas sejam parcialmente responsáveis pelas diferenças biológicas entre as raças? No caso o europeu tem traços mais neandertais, os africanos em geral, de erectus, e os asiáticos sapiens arcaico?
O que eu estou dizendo é pura hipóteses, mais que existem coisas aí a avaliar, isso existe!
E quanto a reunião de cientistas sobre o tema raça, não acredito que nenhum cientiosta respeitado fosse arriscar sua reputação defendendo diferenças raciais...
E quanto ao Cro-Magnon, com uma capacidade craniana superior a todas as raças!
Observem:
http://www.goldenageproject.org.uk/images/slides/cro-magnon.jpg
http://www.mos.org/evolution/fossils/fossilview.php?fid=55
Esse é um homem de Cro-Magnon, note que traços como o queixo, ainda são encontrados em humanos moderno, os nórdicos especificamente tem traços parecidos.
hey anonymous! Acho irrelevante decidir se existem raças ou não. As éticas do pluralismo e da empatia transcultural devem imperar sobre qualquer evidência científica biológica. Neste ponto, discordo de alguns colegas meus, que advogam que a ciência deve ser usada para guiar o comportamento humano. A minha opinião é que o conhecimento científico deve ser tido em conta, mas ser subsidiário a princípios éticos. Nota que a discussão que me interessa não é a de se existem raças ou não. O que me interessa é um desafío puramente académico de tentar estabelecer critérios que permitam uma categorização adequada da diversidade genética/fenotípica humana. O ponto-chave é descobrir características que demonstrem coerência geográfica e algum significado biológico. Se tivermos características que não sejam concordantes geograficamente, então a categorização com base científica fica mais difícil. Por outro lado, podería centrar-se a categorização numa ou noutra característica julgadas mais relevantes. o que poderia ser subjetivo. Penso que isto nunca foi feito de forma rigorosa porque ainda não existem dados suficientes para permitir concluir algo desse tipo de análise. Isso deve-se ao facto de a diversidade humana se distribuir em todo o globo ao longo de gradientes de variação, que seriam eles próprios inerentes ao conceito tradicional de raça. Mas todos sabemos que é difícil categorizar um gradiente complexo, e é daí que nasce a grande discussão, com opiniões divergentes, mas ainda desinformadas. Só recentemente, se iniciaram projetos com o objetivo de mapear de forma mais rigorosa a diversidade genética humana. Acho que daqui a alguns anos teremos mais informação relevante para a discussão. Ab.
A ética se tornou, hoje, um pretexto para poder "destruir" as idéias de qualquer um, contrário a ética atual. Nào confio em ninguém que diz estar moralmente certo.
hey anonymous, a ética precisa ser especificada senão fica apenas uma palavra vazia. Penso que as "idéias de qualquer um" não devem ser julgadas tão importantes como as idéias de entidades coletivas inclusivas. Os princípios éticos em geral traduzem-se em leis que vão sendo aperfeiçoadas ou transformadas ao longo do tempo, atualmente de forma democrática. Você pode não concordar com a ética vigente, então pode organizar um movimento de cidadãos que tenta convencer outros e tornar-se, quem sabe, maioritário. Agora, se você é anárquico-libertário, então penso que a sua utopia é muito mais ingénua do que a minha. Ab.
Apenas para atiçar mais esse tema polêmico: existem mais diferenças, quanto a morfologia craniana, entre quaisquer supostos grupos de negros africanos, do que entre qualquer um desses grupos e um qualquer caucasiano. O conceito de raça para a espécie humana, ainda mais com tanta miscigenação entre os povos, a meu ver é totalmente irrelevante. Já serviu e, pode servir ainda, para propósitos escusos e maléficos como todos devem saber. Quem quiser saber mais um pouco sobre essa falácia leia o livro de Gould " A Falsa Medida do Homem". No livro, Gould mostra como o conhecimento biológico foi manipulado para se tentar corroborar teses racistas, como a superioridade da raça branca.
Carlos, você falou do conceito de raça? Mas qual é o conceito de raça? Se você consultar a literatura da área da sistemática, antes e depois de Lineu, verificará que "raça ou variedade" é algo que, ao contrário do conceito de espécie, não denota uma entidade discreta, una e indivisível, mas sim entidades inclusas em espécies que que se substituem geograficamente ao longo de gradientes suaves de transição. Qual o problema da aplicação do conceito à espécie humana? É que o conceito se tornou ideologia, tanto para os ideólogos da raça do início e meados do séc. XX como para os negacionistas da raça da segunda metade do séc. XX. Gould e seus acólitos também foram manipuladores e geniais comunicadores de ciência com ideologia. O que pretendo é separar ciência da ideologia, como ciência deve estar separada da religião, por pertencerem a escalas diversas de percepção do real. Ab.
A questão aqui não é massacre dos "inferiores", e sim a existência de raças humanas, e de variáveis habilidades/inteligências diante de cada grupo étnico humano.
Pense num país miscigenado como os EUA e observe como determinados grupos étnicos se destacam em atividades especificas.
Ah, e dizer que isso é uma discussão idiota diante da "miscigenação" é tão idiota como dizer que não há sentido tomar conhecimento sobre as raças de cães porque existem vira-latas.
E se pensar em retrucar dizendo que os cães não são como nós, e eles realmente tem raças, não esqueça que a divisão deles é maior, e que existem subespécies de cães, não só raças.
Ah, e Gould é um idiota e achava que como judeu deveria defender a idéia de não haver "medidas" e diferenças entre os homens.
A idéia tem que estar imparcial, não devemos levar para o lado pessoa. Quanto aos judeus, de inferiores só em quantidade, se mataram, foi por saberem que em pouco tempo eles se transformariam na "elite alemã", foi um ato baseado no instinto, mataram a ameaça. Não houve malvados na guerra, bem e mal só existe em hollywood, lutas de interesse.
se os mataram*
luta de interesses*
Pense que essas idéias que alguns de vocês tanto defendem são declaradas pela mídia, a mesma, acredito eu, que vocês sempre olharam com olhos desconfiados na veiculação de informações e notícias.
Parece que vocês também são patinhos manipulados.
Coloco aqui um desafio:
Derrubem meus argumentos.
hou hou hou feliz natal
Penso que tanta problema sobre ética/moralidade e raça esteja ligado ao antigo problema da formalidade
A ciência tem o ponto de vista da dualidade, onde existem coisas que se opõem e sempre existirão, e variam de acordo com o tempo(comumente aceita como corrente de pensamento , mas oficialmente é valida). No entanto a própria ciência tem suas formas de validar algo que é pelo método científico e posteriormente pela Navalha de Occam(Varias teses podem passar pelo metodo científico mas a mais simples que é oficializada)
E estou de acordo com a definição de Raça e ética. O Cérebro "processa" tudo em forma de simbolos, sendo auditivos, visuais ou até mesmo sensitivos(tato e olfato).Uma criança vê a grama pela sua primeira vez e pergunta para sua mãe o que é aquela coisa verde no chão e sua mãe responde "Isso é grama". Futuramente toda vez que o individuo ouvir o som da palavra "grama" ele incosncientemente vê a imagem de uma grama na sua frente. Mas mudem a siatuação. Se ele visse uma caneta e perguntasse pelo seu nome, sua mãe lhe respondesse "grama", toda vez que ele ouvisse grama iria ver uma "caneta". Assim como numeros, que nada são além de simbolos memorizados numa escala. Matematicamente é errado dizer que 2 + 2 = 7, mas você sabe que escala numérica eu estou usando? Pense no signifcado do 1, "representa uma unidade", você aidna esta preso no 1... Eu quero dizer que isso foi estipulado por alguém,. Poderia em outra "realidade" o simbolo 3 ter o valor de "elemento unico".
E assim é com a raça e a ética, é necessário defini-las oficialmente para ter uma "Imagem correta" do tema.
Creio que todo o problema esteja centralizado nos "inconscientes coletivos", tnato or parte social como Cientifica. Vejo hoje em dia varias resenhas, reportagens, entrevistas sobre o tema violência na sociedade, e como de força "Horrivel" é encarada o tema vendo o ser humano como um animal "selvagem" e sanguinário, numa definição mais lirica, um demônio. Porém, o fato que é infanticidio, pedofilia, falta de respeito a cadeia hierarquica, canibalismo etc, é muito mais presente no mundo "natural" do que em qualquer sociedade. Então a partir daí as pessoas começam a ver o mundo selvagem como "imoral", talvez pela dominancia dos conceitos judaícos-cristão sobre o mundo. Aí começa o antigo conflito "Razão x Emoção"(Religião x Ciência, Alma x Carne, Coração x Cérebro chame do que quiser)o conflito ética moralidade coma "frialdade" biológica.E o roblema vem dos dois lados, no mundo social há todo um "nojo" por aquilo que vai contra Deus e suas Leis, e na ciência há todo um "nojo" por aquilo que é "comum". Por exemlo, o incosnciente coletivo cientifico baseia-se na "beleza" das palavras. usar palavras de pouco uso cotidiano para ser "mais especifico" e frio, assimq ue a ciencia deixa sua marca registrada, fato comrovado é que quando James Lovelock escreveu a Hipotese de Gaia a 20 anos atrás de forma chula e cotidiana para que as massas pudessem entender melhor, seus amigos cientistas da NASA e centros de pesquisas ficaram se perguntanto "Por que?" e isso contribuiu para a má aceitação do livro em seu lançamento, hoje 20 anos depois, a comunidade cientifica esta se curvando em frente a capa do Hipotese de Gaia. A ciência sempre tenta permanecer imparcial a tudo mas é notavel a sua dualidade. "Para um elemento definido sempre haverá um oposto, ou um duelador", um exemplo clássico disso é o Evolucionismo e o Criacionismo. E a causa da má fama do evolucionismo vem primeiro por contradizer hi(es)stória eclesiastica e por muitas vezes ser incompreendida, pelof ato de que palavras( um dos simbolos de processamento do cérebro) não serem de uso cotiadiano(ou seja ele não tem "experiencia" ou informção o suficiente no "banco de dados"), e a coisa acaba mal entendida. Esses dias no trabalho, exaltei o evolucionismo numa conversa sobre Deus e uma amiga me disse "Credo, tu acredita que a gente veio do macaco?!", de fato somos parentes de macacos, mas nós não viemos deles, somos como "primos" falando pela arvore evolucionaria. E dessa forma que a garota enunciou o caso foi de forma de gozação, como uma ironia, fazendo com que a teoria perca mais "fama" ainda no mundo civil.
As pessoas pensam que criar um conceito sobre raça é dar argumento ao racismo, do tipo "minha raça é superior"
e traumatizadas como Nazismo, como um animal amedontrado pelos trovões que corre para um abrigo, as pessoas correm pela falsa idéia de que "somos todo iguais", o igualitarismo. A definição da raça é essencial para ser "cadastrada no banco de dados" do cérebro,a s diferenças recisam ser estabelicidas para poder haver simobolos e compreendimento. Concordo que diferenças causam oposições, oposições causamo ódio e do ódio cria-se a guerra... Mas que mal a nisso? E novamente vem o problema do inconsciente social "Guerras são ruins, guerras é violencia e violencia é ruim", mas de fato a humanidade civilizada não seria abosta que é hoje sem guerras, sem guerras ela seria uma bosta muito pior, a guerra ira definir o dominante, e o dominante vai definir o qu é certo e errado. Por isso não vejo coisas maléficcas ao cientista dizer "É assimq eu vai ser e deu". por centenas de séculos os seres humanos e as civilizações foram governados por deuses e entidades superiores, esta na vez da ciencia tomar o controle da locomotiva antes que o trem todo descarrilhe. não que os antepaçados estejam errados, só esta na hora de as coisas mudarem de rumo, invez de uma terra com febre porque não um mundo frio?
Eu vejo que a ciencia quer se tonar imparcial para não ser a "culpada" de uma futura "limpeza" como hitler erroneamente tentou fazer. Mas a eugenia pode ser tanto positiva como negativa, não h[á porque temer a definição de raça, o estado pode induzir as pessoas a se eugenizar e não forçar. A própria sociedade tenta fazer um eugenia conceitual das coisas. Por exemplo, uma garota apaixonada que esta a espera de seu par perfeito. Um homem alto forte, bonito, romantico e inteligente. Se todas as mulheres encontrassem esses homens só os genes desses homens iriam se "procriar", entãovem a lei da selva " o mais forte sobr eo mais fraco", os burros e feios caem na isoloção e acabam ou morrendo ou causando mortes, mas isto não deixa de ser uma eugenia positiva. Eugenia negativa é aquele que hitler tentou fazer, forçar. Se o conceito de raça for estabelecido pela ciencia, a raça superior vai estar estabelecida, ams para a ciencia isso vai ser um inverdade, para ela será só uma dualidade, as duas tem o memo peso sobre a terra, só tem formas diferentes
Respondendo a pergunta do autor para o Sérgio Pena eu responderia:
"Não mostre, mas não digo que contrário", certos conhecimentos são perigosos demais para ser mostrados a todos. Deixem que eles descubram sozinhos que existem diferentes raças, e vejamos o que acontece com "a verdade" atual.
(Perdoem os erros de portugues, tava com preguiça de arrumar)
Bem, não podemos discutir superioridade racial, porque ela é parcial.
Mas, avaliando podemos estabelecer superioridade intelectual racial, e é aí que eu pretendo chegar... mas vou esperar se manifestarem!
haha feliz natal
Luciferoth, quando tu disseste que "os burros e feios caem na isoloção" esqueceste de que vivemos num mundo monogâmico, e que se existem tanto burros e feios como burras e feias, existe casamenti enbtre essa gente, e não só de burros e burras como também pessoas com grandes chances de terem cancer com pessoas com deformações ósseas, diabéticos com vitímas de parkinson, e por aí vai, a medicina que tanto salva vidas acaba criando cada vez mais pessoas completamente degeneradas, mais não existe problema nenhum nisso, não é patinhos??
Eu acredito que a melhor forma de evitar esses acontecimentos é esterilizar pessoas incapazes de terem filhos (ou vocês defendem o direito de um monstro que espanca crianças ter o DIREITO de ter filhoS?) e aos que tem problemas genéticos identificáveis (uma doença específica em tal cromossomo por exemplo), apenas isolar uma espermatozóide ou óvulo sem o danado.
Simples e sem genocídio!
Sérgio Danilo Pena
Venha e me prove, grande e valoroso cientista de uma grande universidade brasileira, venha phDeus, venha, hou hou hou, tamos quase no ano novo e ainda não vi resposta!
Feliz ANO NOVO!!
Beijos.
Mas que diabos é isso que essa escumalha não me responde!
FELIZ PÁSCOA!!!!!!!!!!!
3 de novembro de 2007
tsc tsc
Se o conceito de raça não existe ou se o negro é mais inteligente ou mais burro que o branco não me incomoda. O que me incomoda é esse meu cabelo duro igual a palha de aço.
Meu cabelo é duro e áspero. R$ 100,00 de escova progressiva e Hene toda semana + tratamento de hidratação. Cansei de gastar dinheiro e tantas horas. Hoje raspo a minha cabeça semanalmente. Sou mulato e não gosto disso. Sabe pq sou racista? Não gosto da minha cor marrom nem do meu cabelo nem do meu nariz largo e achatado. Freire fala da democracia racial através da miscigenação racial porque ele não tem o nariz que eu tenho. Sou mulato e não gosto disso. Minha mãe branca se casou com um negro pq tinha dinheiro e aqui estou eu com esse meu cabelo duro e com esse sentimento de revolta. Pq nao nasci branco? O que eu fiz para merecer isso?
Se o conceito de raça não existe ou se o negro é mais inteligente ou mais burro que o branco não me incomoda. O que me incomoda é esse meu cabelo duro igual a palha de aço.
Meu cabelo é duro e áspero. R$ 100,00 de escova progressiva e Hene toda semana + tratamento de hidratação. Cansei de gastar dinheiro e tantas horas. Hoje raspo a minha cabeça semanalmente. Sou mulato e não gosto disso. Sabe pq sou racista? Não gosto da minha cor marrom nem do meu cabelo nem do meu nariz largo e achatado. Freire fala da democracia racial através da miscigenação racial porque ele não tem o nariz que eu tenho. Sou mulato e não gosto disso. Minha mãe branca se casou com um negro pq tinha dinheiro e aqui estou eu com esse meu cabelo duro e com esse sentimento de revolta. Pq nao nasci branco? O que eu fiz para merecer isso?
Definição de raça, subespécie ou o que seja, é apenas questão de resolução...
quanto melhor a lente mais diferenças se encontram.
a discussão aqui não é se existem ou não raças, mas onde deve ser o demarcador para se definir: "este é diferente o bastante"
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