21 julho 2006

Só... um milhão de anos!?

Um novo oceano poderá formar-se, separando o nordeste da Etiópia e Eritreia do resto de África. É só esperar um milhão de anos para ter a certeza! A notícia que transcrevo é da Agência Lusa, com base num artigo publicado na Nature.

Será que não dá para acelerar um pouquinho o processo, que tal alguns metros por ano? Talvez os norte-coreanos pudessem testar seus mísseis no deserto de Afar, o epicentro de toda essa atividade tectónica. A comunidade internacional, liderada pelos radicais Bushiitas, com certeza não desdenharia da oportunidade de explorar futuros recursos que viessem a ser encontrados neste Golfo da Eritreia. E o Brasil não pode ficar de fora! Afinal, com o aumento do tráfego aéreo de 15% ao ano (e a Varig lá se aguentou!), não há auto-suficiência petrolífera que resista. A Petrobras não pode ficar para trás!

Veja-se na foto ao lado, a fenda de uns míseros oito metros. Assim não dá!
Eu, por mim, não quero esperar 1MA para navegar nesse novo oceano. Quem sabe dá para plantar umas ilhotas paradisíacas lá pelo meio?

Agência Lusa - 21.07.2006
Fractura na crosta terrestre pode formar novo oceano
No deserto africano de Afar

Uma recente fractura da crosta terrestre no deserto africano de Afar, perto do Mar Vermelho, poderá separar a Etiópia e a Eritreia de África e formar um novo oceano, de acordo com um estudo publicado hoje a revista “Nature”.

Com base em imagens de satélite captadas antes e depois do aparecimento da fractura, em Setembro de 2005, cientistas britânicos, norte-americanos e etíopes concluíram que atingiu oito metros de profundidade em apenas três semanas, ao longo dos seus 60 quilómetros, sendo lentamente preenchida com magma (rocha fundida).

Foram as imagens do satélite Envisat da Agência Espacial Europeia (ESA) que permitiram aos cientistas analisar em primeira mão a evolução deste fenómeno geológico e constatar a sua rapidez.

As observações levaram também os cientistas confirmar que as duas enormes placas tectónicas que formam a África e a Arábia estão a separar-se devido à injecção de magma.

"É claro que a subida de rocha em fusão está a separar a África da Arábia", afirmou o principal autor do estudo, Tim Wright, da Universidade de Leeds.

O processo começou há cerca de 30 milhões de anos, quando uma massa de lava se elevou por debaixo da crosta terrestre e separou a península arábica de África, criando o Mar Vermelho, e levará outros milhões até ficar concluído.

Segundo os cientistas, trata-se de uma das poucas zonas do mundo onde um continente está a ser activamente separado por movimentos em curso nas placas tectónicas, num processo considerado semelhante ao que deu origem ao oceano Atlântico.

O estudo refere que a velocidade de separação das placas tectónicas africana e arábica é semelhante à do crescimento das unhas dos dedos (alguns centímetros por ano).

Como resultado dessa separação de longo prazo, o nordeste da Etiópia e da Eritreia irá destacar-se do resto da África, formando eventualmente um novo oceano.

"Não sabemos ao certo se irá aparecer um novo oceano no local, mas as perspectivas são boas", ironizou Wright. "Bastará deixar passar um milhão de anos".

6 comentários:

João Carlos disse...

Pois é, João Alexandrino... Eu pesquei essa referência da BBC Brasil.

Mas - não se desepere! - quem sabe se a falha de San Andreas não vai nos proporcionar um novo Mare Californium, bem antes? (Com a vantagem de ser uma região bem mais economicamente desenvolvida, com boa infraestrutura turística)...

João Alexandrino disse...

Tem razão, João Carlos. Quem sabe se o próximo Big One não contribui um pouco mais para a causa. Uma ilha se formará, de novo independente com a sua bandeira dos Bears! Go Bears!!!

Anónimo disse...

Suzana, sobre seu comentário lá no "Chi vó, non pó" (http://www.blogger.com/comment.g?blogID=12783477&postID=114179303263484846&isPopup=true): "Ops, já fui militar de carreira também, servir alguns anos em um comando militar de área, me demiti, porquanto posso dizer que a maioria dos militares são tão podres quanto a maioria dos políticos e merecem a fama que têm. Militarismo, pelo menos no Brasil, é por definição desumano, um exemplo trivial disto é a diferenciação de alimentação (em qualidade e forma de preparo) que é fornecida: os soldados e cabos comem uma gororoba dos diabos, os sagentos e suboficiais comem um pouco melhor e os oficiais comem como se estivessem em um bom restaurante. É só um exemplo dos inúmeros disparates que devem conhecidos pelo autor deste blog... desse simples exemplo de discriminação se tira como deve ser o restante." Acredite se quiser.

João Alexandrino disse...

Isto é blog-spam!?

João Carlos disse...

Também não entendi... Esse comentário foi postado em uma velha matéria do meu Blog (o "Chi vó, non pó"), onde eu (que sou milico reformado) reclamava que, para muitos jornalistas, todas as mazelas do Brasil são "filhotes da ditadura" (como se 21 anos fossem pouca coisa...)
Totalmente deslocado e off-topic.

Anónimo disse...

Não é spam, é só um comentário em tempo (que por algum motivo místico não foi aceito no "Chi vó, non pó"), para esclarecer que os militares não são flores que se cheire, o João deve saber bem do que estou falando...